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A mostrar mensagens de agosto, 2014

Para Mia Couto, é preciso resolver o passado de Moçambique para curar o presente

Escritor vê seu país enfrentar novo conflito, 20 anos após o fim de guerra civil, e admite que problema o tem afetado na literatura: 'Temos que estar em sossego por dentro para poder escrever' por  Estevan Muniz, especial para a RBA   publicado  04/04/2014 15:25 Comments ESTEVAN MUNIZ/RBA Mia Couto considera que Moçambique, à diferença de outros países da região, fez transição frágil Maputo – Há dois anos, a reportagem entrava na mesma casa de onde o escritor moçambicano Mia Couto dirige sua empresa de consultoria ambiental, seu “outro trabalho”. Há dois anos, observava, nas paredes, obras do seu amigo Malangatana, o artista plástico de Moçambique de maior prestígio no mundo, morto em 2011. Enquanto deparava com suas pinturas sobre o colonialismo português neste país, podia imaginar quanto sangue havia sido derramado durante os 26 anos de conflitos quase ininterruptos – dez anos de guerra pela independência e 16 da subsequente guerra civil, que deixou uma con

As ameaças da Grande Transformação (I)

Por: Leonardo Boff * A Grande Transformação consiste na passagem de uma economia de mercado para uma sociedade de mercado. Ou em outra formulação: de uma sociedade com  comercado para uma sociedade só de mercado. Mercado sempre existiu na história da humanidade, mas nunca uma sociedade só de mercado. Quer dizer, uma sociedade que coloca a economia como o eixo estruturador único de toda a vida social, submetendo a ela a política e anulando a ética. Tudo é vendável, até o sagrado. Não se trata de qualquer tipo de mercado. É o mercado que se rege pela competição e não pela cooperação. O que conta é o benefício econômico individual ou corporativo e não o bem comum de toda uma sociedade. Geralmente este benefício é alcaçado às custas da devastação da natureza e da gestação perversa de desigualdades sociais. Nesse sentido a tese de  Thomas Piketty em O capital no século XXI é irrefutável. O mercado deve ser livre, portanto,  recusa  controles e vê o Estado como seu gra