Avançar para o conteúdo principal

O Empoderamento Económica de Mulheres e Homens com Deficiências: Um Desafios que cabe a Tod@s Membr@s da Sociedade


Description: Macintosh HD:private:var:folders:ts:8l2cn5kx7fd2gg1c2cxyl3yc0000gn:T:TemporaryItems:oportunidade-pcd.jpg
Comecemos por recordar que uma mulher ou um homem pobre ou incapacitado na nossa sociedade constitui uma terrível mancha para todo o tecido. Sim, no mínimo deve se esperar que estamos diante de uma potencial fonte de conflitos, para não descartar o peso da vida essa mesma pessoa. A OMS, UNESCO, OIT (2004) observam que, "há uma forte correlação entre a deficiência e a pobreza. A pobreza leva ao aumento da deficiência e incapacidade, o que por sua vez leva a um aumento da pobreza. " Vale a pena frisar que
A expressão pessoa com deficiência é aplicada aqui para referi a qualquer pessoa que vivencie uma deficiência continuamente. Diferentemente do termo pessoa deficiente que é considerado, com razão, inadequado por vários especialistas sociais e em especial pelos próprios indivíduos a quem se refira, pois traz consigo uma carga negativa depreciativa da pessoa. Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar as pessoas com deficiência a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença. Porém, vale a pena ainda recordar que o que está em causa, para além da mera semântica é o facto de se tratar de uma pessoa antes da deficiência. Ademais, hoje está percebido que a deficiência também precisa de ser entendida num contexto de interacção das limitações dos indivíduos (mulheres e homens com deficiências) com o meio social em que se encontram, ou seja em relação às barreiras socialmente construídas.
No ano de 2000, os Estados-Membros da ONU definiram os Objectivos do Desenvolvimento do Milênio, em que a erradicação da pobreza estava no topo da agenda. Entretanto, o efeito da pobreza nas pessoas com deficiência é incrivelmente enorme e devastador e merece uma atenção especial.
De acordo com o Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID, 2000), 50% das deficiências são evitáveis ​​e directamente ligadas à pobreza. Narayan e Petesch (2002), observam que "a pobreza viola fundamental direitos humanos das PCD, privando-os das necessidades básicas de vida, incluindo, saúde, educação, água potável, comida, abrigo e vestuário, incluindo meios de subsistência. "
Helander ( 1993), definiI o empoderamento como "um processo contínuo, que permite que um indivíduo possa cumprir e prestar contas relativamente aos seus deveres e responsabilidades e proteger os seus direitos na sociedade. parte do processo é fornecer as pessoas com os recursos, oportunidades, o conhecimento e habilidade necessária para aumentar a sua capacidade para determinar o seu próprio futuro e participar plenamente na vida comunitária."
O empoderamento das pessoas com deficiência, portanto, consistiria em oferecer- lhes uma variedade de oportunidades para se auto-descobrir, compreender seu ambiente, estar cientes dos seus direitos e assumir o controle de suas vidas e, assim como participar em decisões importantes que afectem suas vidas.
O artigo 23 (1) da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que "Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a justas e favoráveis ​​condições de trabalho e à proteção contra o desemprego "(ONU, 1948). Pelo contrário, a OIT estima que o "Taxa de desemprego entre PCDs (Pessoas Com Deficiências) no mundo em desenvolvimento é um esmagador problema - até 80% em alguns países "(OIT, 2003). Caswell (2003), observa que: mesmo onde "existe legislação para o sistema de quota favorecendo o emprego de PCDs, infelizmente, esta legislação é ou sub-utilizada ou não aplicada ".
O empoderamento econômico das mulheres e homens com deficiências é muito crucial para contribuir no elevar do seu estatuto. No entanto, isso não pode ser alcançado sem o envolvimento e participação de todas as partes interessadas: o governo, os membros da comunidade, o mercado de trabalho e as próprias PCD.

É urgentemente necessário aumentar a sensibilização do público sobre as questões da deficiência e direitos de PCD. Além disso, a inovação e um maior apoio para a integração económica e, bem como a implementação de planos e programas realistas e orientados a fim de alcançar o empoderamento bem sucedido de mulheres e homens com deficiências.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Um Homem de Obras que a Sociedade Merece Conhecer e Homenagear

O Eminente Sheikh Camilodine Rossana Abdul Magide Badrú (1965-2011) Os grandes homens com as suas obras não podem caber em mentes pequenas como as nossas. Pior do que isso, as palavras que usamos para retrarar a realidade sobre eles, retiradas da mente, são ou se tornam limitadas para descrever-los. Na obrigação de nos fazer transmissores de parte do caracter e feitos do grande home que foi o Eminente Sheikh Camilodine Badrú, somos confrontados com esta dura realidade   - a nossa incapacidade de encontrar termos apropriados e suficientes para fazer chegar a verdade sobre ele. Filho da bela pérola do Indico e natural da província de Inhambane, o Sheikh Camilodine concluiu os seus estudos primários em 1977 na então Escola Primária Paiva Manso (actualmente Alto Maé), curso de Mecânica Auto na escola Industrial 1º de Maio em 1982 e o seu Instituto em 1985. O Sheikh prosseguiu com o estudo da Mecânica na faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane, de 1986, vindo a abandona

Na Busca de Soluções Sustentáveis ao Problema de Encurtamento de Rotas Pelos ‘Chapas’ (Transportadores Privados de Passageiros)

Introdução Na grande Cidade das Acácias (Maputo), vai se tornando normal a enchente de cidadãos que esperam pelo transporte (público e/ou privado) para   se fazerem chegar aos seus lugares de interesse quotidiano. Diga-se que, nesta condição, já não existe hora de ponta, talvez ponta de hora, pois toda a hora já é de ponta. Estamos perante uma evidente crescente problemática de escacês de transporte versos a crescente da sua demanda. Um verdadeiro e real contraste para uma economia que se diga crescer na vertente de liberdade do mercado. Cidadãos que procuram os serviços de transporte crescendo em número (como é de esperar), por isso a constante extensão de áreas geográfica habitadas nas cidades de Maputo e Matola [1] associado ao éxodo rural. O rítimo de alocação dos transportes, tanto públicos como privados, não coaduna com o da sua demanda, assim a escacês vai se tornando óbvia e evidente. Por um lado, o crescimento populacional é visível e (até certo ponto) empiricamente expli

Revisão da Constituição da República de Moçambique: Uma ameaça, mas Uma Oportunidade

• Nota Introdutória O partido no poder (FRELIMO) desde a independência do país propós e aprovou a ideia de entrar pelo processo de rever a Lei Mãe das leis e regras moçambicanas. A medida gerou e continua a gerar muita controvérsia baseada em rumores na praça pública. Os argumentos que dominam o debate controverso são maioritariamente ligados a política (em tanto que exercício do poder). A nossa questão é se esse seria o rumo que realmente interessaria aos (mais de 20 milhões de) moçambicanos? Daí advém a outra questão: se seria esta proposta (já aprovada e quase sem volta) uma ameaça ou oportunidade. Como membros da sociedade civil, deste país e interessados (por estudo) nesta matéria, trazemos neste artigo o nosso ponto vista, sustentado pela visita breve a história constitucional do país. • Afinal o que é e para qué uma constituição? Constituição é o conjunto de leis, normas e regras que, escritas como não, determinam a natureza organizacional de um estado (Sartori 1994:198). A